terça-feira, 26 de dezembro de 2006


VANDALISMO CONSOME R$ 900 MIL DOS COFRES PÚBLICOS

Em Brasília, dinheiro gasto em um ano para recuperar a sinalização destruída por pichações, colagens de anúncios e até disparos de armas de fogo daria para construir 53 casas populares, nove postos de segurança e três unidades de saúde de pequeno porte. Delegacia do Meio Ambiente investiga 14 processos de destruição de placas, mas ainda não encontrou responsáveis pela depredação.

(Fonte: Correio Braziliense, terça-feira, 26/12/2006)

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

APL ENCERRA 2006 COM MÚSICA, TEATRO E POESIA


A Academia Planaltinense de Letras encerrou suas atividades em 2006 oferecendo aos seus convidados uma noite de confraternização regada a música, teatro e poesia.
As autoridades e demais membros da comunidade de Planaltina que se fizeram presentes no auditório do Centro Educacional Delta para o 1º Momento da confraternização, na noite de sexta-feira (15/12), puderam deleitar-se com os músicos mirins Rafaela Dorneles, Iara Vechi, Artur Disegna e Giovana Granjeiro (alunos da Escola de Piano Arco-Íris dos Sons ) e com a PARTICIPAÇÃO ESPECIAL da atriz Isabel Cavalcanti (professora de Artes Cênicas do CEF 04 de Planaltina), que brindou o público com o monólogo GALILEU LEU, de Ivo Bendler.
O 2º Momento foi aberto pelo músico Raimundo Francisco (convidado especial do acadêmico Agostinho Alves), que, acompanhado do seu violão, afagou os ouvidos da platéia com o seu “vozeirão de veludo”. A seguir, revezaram-se acadêmicos e convidados no recital de poesias dos mais diversos estilos e autores.
O evento estendeu-se até as 23h50, momento em que o músico Raimundo Francisco encerrou a festa presenteando os convidados com mais duas músicas do seu belíssimo repertório.
Aos que deixaram seus compromissos para estarem presentes àquela noite agradabilíssima, fica a certeza de que “tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Aos que, por um motivo ou outro, não puderam comparecer, fica a promessa de outros eventos tão agradáveis quanto o da noite de sexta-feira (15/12).

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006


OS CARAS-DE-PAU

"Deputados e senadores da legislatura do mensalão e dos sanguessugas decidiram fechar o ano com chave de ouro: enfiando a mão no bolso dos brasileiros. Parte do dinheiro que você paga em impostos vai bancar o aumento de 92% que as excelências se concederam ontem ao elevar a própria remuneração para R$ 24,5 mil, a mais alta do serviço público. Para se ter uma idéia, em quatro anos o reajuste que o salário mínimo teve não passa da metade desse percentual: ficou em 46%. Sem contar que os nobres parlamentares, além do 13º, embolsam mimos como o 14º, o 15º e, a cada mês, ainda recebem R$ 50.815 de verba de gabinete, R$ 15 mil para gastos na base eleitoral, R$ 3 mil de auxílio-moradia, R$ 4.268 para gastos com correio e telefone e quatro passagens aéreas de ida e volta. No total, cada um dos 513 deputados e 81 senadores custará ao país mais de R$ 100 mil mensais. O impacto que o novo aumento terá na folha de pagamento chegará a R$ 173 milhões. Maior ainda será o efeito cascata dessa medida, com o conseqüente aumento nos salários de parlamentares país afora e no Distrito Federal"(Correio Braziliense, sexta-feira, 15/12/06, capa).
Isso porque eles - que legislam em causa própria - indispuseram-se uns com os outros por causa do aumento do salário mínimo (de R$ 350,00 para R$ 375,00), alegando que esse aumento causaria um "rombo" nos cofres públicos. Dá para acreditar?
Mas os culpados por isso somos nós mesmos, pois os elegemos (apesar de todos os escândalos noticiados nos jornais) acreditando que eles legislariam em prol do povo.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

CIDADE SEM HISTÓRIA, CIDADE SEM MEMÓRIA
(Joésio Menezes)


Já se tornou comum não mais buscarmos informações históricas ou culturais nos interiores de bibliotecas e museus, os quais tornaram-se “obsoletos” para grande parte das pessoas, inclusive para aquelas cuja responsabilidade de preservar a história e a cultura de um povo lhes foi confiada, ou seja, as autoridades (in) competentes.
Mas para quê bibliotecas e museus se tudo que queremos podemos encontrar na INTERNET, não é verdade?
Ledo engano!...
Se o intuito é somente fazer pesquisas, a internet é o meio mais prático, fácil e rápido de consegui-las. Mas... quem disse que a praticidade, a facilidade e a rapidez são sinônimos de enriquecimento intelectual ou cultural?
É necessário entrarmos numa biblioteca e sentirmos o “cheiro de mofo” que há em suas estantes; é interessante conhecermos a variedade de livros e autores que há em suas prateleiras; é emocionante tê-los nas mãos e abri-los ante os nossos olhos; é inestimável o prazer de viajar por entre os versos de cada poesia, pelas entrelinhas de cada conto, pelos capítulos de cada romance; é fascinante descobrirmos o passado de lutas e conquistas de um povo, de uma nação, por meio das páginas de um bom livro de História. Enfim, não há avanço tecnológico que supra o deleite de se ler um livro, seja lá qual for o gênero.
Insubstituível, também, é o enriquecimento histórico-cultural que adquirimos quando visitamos um museu. Em seu interior, fazemos uma viagem ao passado; vemos passar diante dos nossos olhos séculos de história; podemos acompanhar bem de perto a história da evolução de um povo; do crescimento de um país, do nascimento de uma cidade. Ali, podemos sentir, próximas a nós, as decepções e emoções do artista que esculpiu determinada escultura ou pintou alguma tela.
Mas nem sempre a evasão das bibliotecas e museus é culpa unicamente da INTERNET. Na maioria dos casos, os órgãos encarregados de preservar o patrimônio histórico e cultural de uma cidade ou de um país são os grandes responsáveis por essa evasão quando deixam de cumprir o papel que lhes foi atribuído: o de construir, preservar e manter em funcionamento tais estabelecimentos.
E já que o tema em discussão é a construção, preservação e funcionamento de bibliotecas e museus, não poderíamos deixar de mencionar o evidente abandono do Museu Histórico e Cultural de Planaltina-DF.
Anos atrás, o Museu era um atrativo a mais para as escolas de Planaltina cujos professores tinham o maior prazer de levar seus alunos para mostrar-lhes mais de perto um pouco da história da cidade, e os alunos por sua vez ficavam deslumbrados por poderem ver e tocar objetos do final do século XIX. Hoje, onde deveriam estar expostos documentos, objetos e utensílios domésticos que contam a história da nossa cidade, encontram-se amontoados traças, cupins, folhas secas, teias de aranha e muita poeira. O telhado está prestes a desabar; o assoalho, perto de ruir pela ação dos cupins; as paredes correm sério risco de caírem (inclusive, a parede frontal do prédio há mais de um ano está sendo sustentada por uma folha de madeirite). Uma verdadeira mostra do descaso e do desrespeito à história de Planaltina e à tradição genealógica do seu povo.
Com relação às bibliotecas, só o que podemos falar é que a única que há na cidade não consegue atender às necessidades dos estudantes e/ou candidatos a vestibulares e concursos públicos que a procuram, tendo em vista que é muito pequena e abafada, e o seu acervo deixa muito a desejar. Daí a opção de muitos pela internet, no entanto, há de se ressaltar que nem todos têm computador em casa, o que torna difícil a preparação dessas pessoas que sonham ingressar numa universidade pública ou no mercado formal de trabalho.
Esperamos, num futuro bem próximo, poder ver resgatadas a história e a cultura da nossa cidade, pois, parafraseando o escritor maranhense Coelho Neto, “uma cidade sem história é uma cidade sem memória”. Ansiamo-nos por ver nossos jovens, de todas as classes (religiosas, raciais e sociais), melhor preparados, não só para o mercado de trabalho mas também para a vida.