quinta-feira, 29 de abril de 2010

PLANALTINA TEM NOVO ADMINISTRADOR REGIONAL
(ASCOM, http://www.planaltina.df.gov.br/)


Cerca de 80 pessoas, entre funcionários da Administração Regional de Planaltina e moradores da cidade, participaram da posse do novo administrador na manhã da última quarta-feira (dia 28/04) no auditório da administração.
Geremias Antonio Lopes irá ocupar o gabinete no lugar de Manoel Abadia Sobrinho depois de exercer por três anos funções de chefia na Divisão de Obras da Administração Regional de Planaltina. Manoel Abadia, a convite do Governador Rogério Rosso, preencherá o lugar de Secretário Adjunto da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal.
Em tom emocionado, o agora secretário adjunto agradeceu pelo período em que esteve à frente de Planaltina. “Deus abençoou e conseguimos mudar de forma positiva a cara da cidade” - disse Manoel, que aproveitou para desejar sorte ao novo gestor.
Geremias Lopes se comprometeu a dar continuidade ao trabalho realizado ao longo dos últimos três anos e propôs que cada funcionário assuma a sua parcela na busca de uma Planaltina cada vez melhor. “Quando um barco é movido a motor, uma única pessoa pode conduzi-lo. Mas eu vejo essa Administração como um grande barco a remo e quero que todos remem comigo”, metaforizou o novo administrador.

Entra Administrador, sai Administrador, mas os problemas de Planaltina continuam aí, a céu aberto e a olhos nus. Problemas estes somente vistos pelos governantes quando se chegam as eleições, época em que pessoas cheias de “boas-intenções” se aproximam para prometerem “isso e aquilo aos moradores da cidade”. Época em que os “filhos” de Planaltina com residência fixa nos Lagos Norte e Sul e no Plano Piloto voltam á cidade para fazerem campanha.
Há anos, todos aqueles que passaram por aqui pedindo votos e fazendo promessas vêm falando numa tal “Casa da Cultura”. E há anos estamos esperando a sua construção. Também há anos os “sem-teto” planaltinenses (Grupo via Sacra, Grupo Teatral Senta que o Leão é Manso, a Academia Planaltinense de Letras, Grupo Kokuman e muitos outros) estão esperando um lugarzinho para se acomodarem. Enfim, há anos estamos de “saco-cheio” com promessas que nunca foram nem serão cumpridas.
Abramos nossos olhos, planaltinenses!!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

CALDOS, MÚSICA E POESIA

Na noite do último sábado (dia 24/04), reuniram-se na casa da poetisa Aurenice Vítor , na quadra 01 do Arapoangas, os poetas Gelly Fritta, Joésio Menezes e Wilson Gonçalves, além do cantor Antonio Vítor (irmão da anfitriã), para a realização de um Sarau Poético em homenagem ao aniversário da dona da casa.

Enquanto no céu a Lua sorria aos seus admiradores, na Terra os convidados da aniversariante deliciavam-se com a poesia dos vates que revezavam-se durante o recital.
O pequeno, porém seleto, grupo de espectadores emocionou-se com os versos dos poetas Aurenice e Wilson, mas o ponto alto da noite ficou por conta do “desafio” poético entre Gelly Fritta e Joésio Menezes, que, verso a verso, encenaram uma “disputa” apaixonada e apaixonante pelo carinho um do outro e pela atenção dos presentes.
Antes do fim da noite, os convidados ainda puderam deleitar-se com MPB de boa qualidade, na voz grave do cantor Antonio Vítor.

Foi uma noite saudável tanto para corpo quanto para a alma dos que ali se fizeram presentes. Para o corpo porque durante o recital os convidados degustavam alguns deliciosos caldos; para a alma porque a fusão entre música e poesia é o melhor remédio para acalmar os mais exaltados espíritos, as mais angustiadas almas.

sábado, 3 de abril de 2010

PLANALTINA ENCENA VIA SACRA
(por Emanuelle Coelho, www.tribunadobrasil.com.br)

Nem mesmo a forte chuva que caiu na tarde de ontem, dia 02/04, impediu que os fiéis comparecessem ao Morro da Capelinha para assistires à encenação da Via Sacra.

A chuva não atrapalhou ontem o maior espetáculo teatral ao ar livre do Distrito Federal. A Via Sacra de Planaltina aconteceu mesmo debaixo d’água. A multidão não parava de chegar. Cerca de 50 mil fiéis assistiram a encenação que completa 37 anos. No ano passado, o público chegou a quase 150 mil pessoas. O número reduziu este ano em razão do aguaceiro que caiu sob a cidade. Foram gastos, aproximadamente, R$ 900 mil na festa, composta por seis eventos.
As pessoas se protegiam como podiam. Alguns levaram guarda-chuvas. Outros se abrigaram de baixo de barracas. Mesmo molhado, o auxiliar administrativo João Batista Martins assistia atento a apresentação. “Todos os anos estou aqui e sempre trago guarda-chuva. Este ano, porém, esqueci-me de trazê-lo. Não iria deixar de apreciar o espetáculo somente por causa da chuva”, diz ele.
A vendedora Rosângela Alves de Souza, 36 anos, também não se desanimou. “Vim prevenida, trouxe sombrinha. Não iria deixar de assistir. Acho muito bonito. É uma oportunidade de reviver o que Jesus passou e fazer uma reflexão. Serve para me dar mais força”, destaca. No meio das apresentações, as nuvens se esconderam e a chuva deu trégua ao público.
O Morro da Capelinha se transformou em Jerusalém. No Palácio de Pôncio Pilatos, Cristo é julgado e condenado. Morreu e ressuscitou no terceiro dia. Aos 89 anos, dona Alcilina da Costa veio de Formosa (GO) para assistir, pela terceira vez, a via-crúcis do filho de Deus. “É emocionante e bonito demais. Nem me importei de subir o morro. Minhas pernas até ficaram boas”, declara.
A maior celebração da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo no Distrito Federal começou por volta das 16h e finalizou perto das 21h. Quando o céu escureceu no Morro da Capelinha, os flashes das máquinas fotográficas e dos celulares disparam para registrar um espetáculo de luzes e cores. Fogos de artifício e efeitos especiais engrandecem ainda mais a beleza da encenação. A platéia vai ao delírio. Fiéis gritaram, choraram e se emocionaram diante do sofrimento de Cristo rumo ao calvário. Ao fim do espetáculo, a multidão desceu o Morro da Capelinha.
Para o coordenador do evento, Carlos Alberto Gomes, conduzir esse espetáculo tão grande é muito emocionante. Em 20 anos de grupo e há dois na coordenação, ele diz que o maior objetivo da encenação é de evangelizar através da arte.
Maria de Lourdes Maciel faz, há dois anos, o papel da Maria. “Para mim, significa muita coisa. É um trabalho que evangeliza. Muitas pessoas acompanham e nem sabem porque estão ali”. Para ela, os momentos mais emocionantes são a quarta estação, porque é o primeiro encontro de Maria e Jesus e o momento em que ele desce da cruz e é colocado no colo da mãe.
No papel de Cristo há oito anos, Saulo Humberto Soares de Jesus, diz-se honrado com a responsabilidade de interpretar o filho de Deus. “Fico emocionado e choro de verdade. Olhos para as pessoas e vejo a emoção e a sensibilidade delas. Não é só uma peça teatral. É uma maneira diferente de fazer a leitura da bíblia. Estamos também cumprindo nosso papel de evangelizadores”, confessa Saulo. O funcionário público fala que durante todo o ano a Via Sacra faz parte da sua vida. “Na escola, os alunos me chamam de professor Jesus”, cita ele.
São 8,9 km de trajeto, divididos em 15 estações que retrataram as últimas horas de Jesus na Terra, desde o julgamento até a crucificação. Cerca 1,1 mil atores fizeram parte do elenco e 300 técnicos foram responsáveis por cada detalhe para emocionar o púbico. Os produtores prepararam uma surpresa para os expectadores este ano. Dois telões, um localizado na Praça do Calvário e outro no alto do morro, projetaram toda a encenação e levaram emoção para quem assistia de longe. Cada equipamento tinha 12 x 12 metros.
Órgãos vinculados à Secretária de Segurança Pública, entre outras secretarias do GDF, marcaram presença para garantir segurança ao púbico. No Posto Integrado de Segurança Pública, foram prestados atendimentos. Cerca de 790 policiais militares entre, ROTAM, Polícia Montada, Grupamento de Operações Aéreas e policiais do Batalhão de Trânsito estiveram presentes para evitar tumultos. Para compor o time , 34 viaturas e dois helicópteros – um da PM e outro do Bombeiros – fizeram ronda na área do evento. O Corpo de Bombeiros do DF disponibilizou 100 homens para os serviços de atendimento hospitalar e combate a incêndios. A Secretaria de Saúde montou três postos devidamente identificados para o pronto atendimento do público. A Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) montou pontos de distribuição de água.