sábado, 21 de abril de 2012


À CAPITAL DA ESPERANÇA
(Joésio Menezes)
Hoje, 21 de abril, Brasília completa 52 anos.
São mais de cinco décadas recheadas de novas arquiteturas e belas paisagens; de vários encantos e intensa magia; de boas músicas e modernas poesias; de corações bondosos e poetas sonhadores; de Segurança vulnerável e Saúde convalescente, de Educação precária e Esperança corrompida; de Justiça cega (literalmente falando) e impunidade nefanda; de Política nefasta e políticos corruptos, de falcatruas e coisa e tal...
São mais de cinco décadas gerando e adotando filhos... Mas como nada nem ninguém é perfeito, dentro da sua prole, muitos são os que maculam a sua imagem e fazem do seu nome carta marcada nas Páginas Policiais. Em contrapartida, em maior número são os filhos que fazem de tudo para torná-la inda mais encantadora e aconchegante.
Muitos são os filhos de Brasília (gerados e adotados) que sentem orgulho das suas Asas e Eixos, das suas Quadras e Entrequadras, dos seus Santos e Recantos, dos seus Candangos e Bandeirantes, das suas Samambaias e Sobradinhos; dos seus dáblios e éles; dos seus Planaltos e demais R.As... enfim, do seu abecedário sem esquinas.
Felizmente, muitos são os filhos que lutam pela integridade moral e cultural de Brasília. E isso faz dela a eterna CAPITAL DA ESPERANÇA. 

Feliz Aniversário, Brasília!!!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

PLANALTINA-DF, SANTUÁRIO GOIANO DE TRADIÇÕES POPULARES NO PLANALTO

por Frederico J. L. Reis 

Costuma-se dizer que o habitante do Distrito Federal é todo ele constituído de segmentos populacionais mais ou menos indiferentes no que diz respeito às suas mais puras raízes. Entretanto, isso não é verdade e prescinde de uma análise mais criteriosa e feita por alguém que se preocupe com o assunto de maneira mais séria, fato que requer acurados conhecimentos, inclusive académicos, especialmente das pessoas versadas em Sociologia ou Folclore, no Brasil. Planaltina está aí para desmitificar esse fato, íntegra no que concerne ao assunto. 
O que chama a atenção do migrante, nesta terra-comunidade, em primeiro lugar, é a hospitalidade, um dos traços naturais mais legítimos de uma população colonizadora brasileira. E uma coisa parece puxar a outra como consequência que emana da conservação de uma pureza histórica. O que nesta terra vamos encontrar, vivo ainda, é o antigo, com todos os seus traços importância e valor, a religiosidade popular da Festa do Divino, trazida de Portugal pelo colonizador e que anualmente se executa com maestria em Planaltina e adjacências, motivo pelo qual, embora em desacordo com a amplitude do título, por ser a mais expressiva manifestação popular, tomo-a como exemplo nesta rápida abordagem. 
Mas o que é certo e que está como as outras manifestações estimuladas ou não pelo Poder Público a cada ano, cresce em importância no seio da comunidade que se acha em fase de consolidação e adquire relevo de invulgar magnitude. Durante o mês de maio, o povo, ansioso, já espera o singular espetáculo. Dezenas e dezenas de cavaleiros hábeis, vindos de outras partes e circunvizinhanças para engrossar uma verdadeira legião, e é bom que se diga, inclusive com suas armas simbólicas, seus instrumentos e roupagem bonita. 
Entretanto, isso não é tudo. Além do cavaleiro garboso, aprumado na sela, senhor de um equilíbrio que não é dele, surge o cavalo, um animal na festa, saudável, bem amestrado e melhor ainda paramentado. O cavalo que se preza, nesta festança, tem de estar devidamente maquilado num processo que vai das crinas, farreies, até a cauda. 
Finalizando, espero que com o correr dos anos de transformações dessa sociedade, não só ocorra uma simples consolidação, pelo fato de ter recebido elementos humanos de outras paragens, as mais diversas de todo o terrítório nacional, sobretudo uma ação que espelhe a fidelidade e a tradição do nosso povo. 

(Novidades em Brasília, Ano IV, nº 41, p. 22/23)