domingo, 24 de março de 2013

SHOWZAÇO NO EMPÓRIO DA PRAÇA!...


Imperdível!!!

quinta-feira, 21 de março de 2013

VIA SACRA 2013 - PROGRAMAÇÃO

segunda-feira, 11 de março de 2013


PLANALTINA (DF) – CULTURA QUE TEM HISTÓRIA

por Silvana Losekann

Na manhã do dia 23 de fevereiro, às 10h, aconteceu no auditório da Faculdade de Planaltina (FUP), o III Seminário Cultura e Patrimônio Histórico em Planaltina 2013. Organizado pela Associação dos Amigos do Centro Histórico de Planaltina, pela Rádio Utopia FM e pelo Programa de Extensão Comunicação Comunitária da Universidade de Brasília (UnB), o evento, que possui como objetivo conseguir apoio de autoridades políticas para a proteção do patrimônio histórico e cultural da cidade, contou com a presença de representantes do poder público como membros do IPHAN, do Arquivo Público, deputados e especialistas na área de turismo, museologia e história, e membros da comunidade.
O seminário começou com homenagem ao professor Delfino Domingos, autor da letra do Hino de Planaltina, falecido em 21 de fevereiro deste ano. O evento foi dividido entre a mesa de abertura, com todas as autoridades presentes, e três mesas técnicas, nas quais professores especializados em patrimônio e história mostraram o potencial de recursos ambientais e da região e explicaram o potencial cultural e histórico de Planaltina. Por fim, foi lida a Carta em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Paisagístico de Planaltina – DF. Esta carta, que sugere às autoridades que a Região Administrativa de Planaltina seja considerada parte de Programas Federais e Distritais de Preservação e Revitalização do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Ambiental;  existe desde 2009. Foi feita pelos organizadores do Seminário que, a partir de Audiência Pública realizada para a defesa do patrimônio histórico da cidade, participam também de Comissão criada para tomar providências em relação ao tombamento e conservação do Centro Histórico da cidade.
Simone Alves é fundadora da Associação dos Amigos do Centro Histórico, organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), fundada em 2007, por moradores de Planaltina. Sem ajuda do governo, eles buscam por meio de seminários e eventos de pequeno porte, como exposições, chamar a atenção da população para a preservação do cento histórico. A associação também recebe auxílio do programa de extensão da UnB Comunicação Comunitária.
A professora da Faculdade de Jornalismo da UnB, Juliana Soares Mendes, é participante do programa comunicação comunitária e explica a responsabilidade da Faculdade de Planaltina (FUP) no seminário: “A FUP dá o apoio de  logística ao evento, como o empréstimo do auditório. Junto com Comunicação Comunitária, somos parceiros na preservação dos patrimônios de Planaltina, pensando no histórico e cultural mas também no ambiental. Ajudamos no intermédio para se conseguir recursos para esses eventos e na articulação desses movimentos com o poder público. Por exemplo, como agora que está acontecendo a restauração da igrejinha de São Sebastião“.
Os problemas relatados no Seminários referem-se a sons de carros e festas, além da depredação humana e ações do tempo que estão danificando a estrutura dos prédios centenários. A Igreja de São Sebastião, por exemplo, faz parte do centro histórico da cidade, formado também por casas centenárias, feitas ainda da mistura de barro e palha das paredes, argamassa utilizada no período colonial. No centro do Setor Tradicional de Planaltina, encontra-se a Praça Coronel Salviano Monteiro Guimarães, a Pracinha, que abriga o Museu Histórico e Artístico de Planaltina, prédio que data do século XIX e recebe constantes exposições e mostras de artistas locais. Além disso, a Academia Planaltinense de Letras, que tem 12 anos, também fica na Pracinha, e produz eventos culturais como saraus de música e poesia, apresentações teatrais e informativo de edições trimestrais sobre sua produção. No espaço da praça existe ainda a realização de feiras de artesanato local, festas populares e shows, como ocorreu também no último sábado, dia 23, o Festival Grito do Rock, que reuniu bandas nacionais e internacionais.
Estavam presentes a deputada distrital Arlete Sampaio (PT-DF), e o deputado distrital Cláudio Abrantes (PPS-DF), que encenou a Paixão de Cristo de Planaltina durante 10 anos, presidente da frente parlamentar em Defesa da Cultura. Os dois enfatizaram a inclusão de Planaltina como rota de turismo em Brasília, por proporcionar tamanha cultura e história.
Nilvan Vasconcellos, administrador de Planaltina, disse que já existe projeto para Complexo Cultural de Planaltina, com 1220 m² e lugar para 300 cadeiras. No entanto, o local aguarda aprovação e verba para ser construído.
Ao fim, para os inscritos, houve sorteio de Licor de Jenipapo produzido por produtores locais.


Saiba mais sobre Planaltina e sua cultura

por Brunna Ribeiro

Planaltina existe há 153 anos. Na sua história, ela contribuiu para a formação do Distrito Federal: uma parte de seu território foi tomada para se constuir a nova capital federal. Tanto é que em Planaltina existe a Pedra Fundamental da criação de Brasília, fincada em 1922, na comemoração do centenário da Independência brasileira de Portugal.
Apesar do descaso com o patrimônio, parte de seu tesouro material e imaterial ainda é preservado. Pentecostes da Igreja Católica, festa que simboliza a vinda do Espírito Santo aos Apóstolos depois da morte de Jesus. A comemoração em Planaltina preserva o costume português de caminhar pelas ruas da cidade ao som de músicas religiosas. Em 2012, a festa comemorou 130 anos e 250 pessoas a prestigiaram.
A mais famosa Via Sacra encenada no DF já tem 40 anos e é realizada na região de Planaltina, no Morro da Capelinho, na BR DF 230. Em 2012 o público foi estimado em 70 mil pessoas. Outra atração cultural é a Catira, dança do folclore brasileiro, em que o ritmo musical se faz pela batida dos pés e mãos é bastante tradicional na cidade, fato que levou a festa da Folia de Reis a ser realizada em 2011 na cidade. Há também o tesouro natural da Estação Ecológica Águas Emendadas, que é onde nascem duas importantes bacias brasileiras, a Amazônica e a Platina, além de dispersar cursos de água que desaguarão em rios e córregos.